Inspiradora Cape Town
O que mais me conquistou na Cidade do Cabo foi a diversidade. A diversidade de paisagens, da gastronomia, dos vinhos, dos passeios, das atrações. Cape Town cabe perfeitamente no roteiro de viagem de quem busca conforto/luxo/tranquilidade como de quem quer aventura, esporte, natureza ou apenas desfrutar bons vinhos e ótima culinária. Ah, e a preço muito justo.
Foi a minha primeira viagem à África e assumo que esperava algo menos desenvolvido/organizado. Tenho consciência de que estava num cartão-postal da África do Sul e que, normalmente, as coisas costumam ser melhores nesses locais. No interior do país deve ser bem diferente e a pobreza mais evidente. Mas Cape Town me surpreendeu não pela beleza natural, já bastante comentada, mas pela infraestrutura, limpeza das ruas e educação dos moradores. Há uma preocupação em receber bem os turistas que deixa Rio e São Paulo no chinelo. Temos muito o que aprender.
A Table Mountain (ao fundo) é o principal cartão-postal de Cape Town. A foto foi feita no Waterfront Victoria & Alfred, um complexo de compras, restaurantes e entretenimento que fica na área portuária da cidade, outro destino turístico obrigatório. O registro da montanha assim sem nenhuma nuvem a encobrindo levou quatro dias. O tempo na cidade muda em minutos. O vento que sopra nessa época do ano (eu viajei em novembro) leva e traz nuvens o dia todo. Subir ao topo da montanha é outro passeio obrigatório. Pode ser por teleférico ou por trilhas. Eu optei pela última, claro, mas relatarei isso mais abaixo. Por enquanto, uma dica: se quiser apreciar a cidade lá de cima, garanta a subida na primeira oportunidade que tiver. Não deixe para o dia seguinte porque o tempo pode fechar e você ficar sem fazer o passeio. O teleférico fecha se o vento estiver forte. Dá pra checar se o serviço está funcionando ou não pela internet.
Um aperitivo da vista de Cape Town lá de cima da Table Mountain. Os bairros mais turísticos ficam à beira-mar e têm uma orla muito bacana, com espaço para caminhadas, corridas ou um simples descanso para apreciar a paisagem.
Outro ponto de observação da Table Mountain. Pico Lions Head.
O pôr-do-sol é um acontecimento em Cape Town. O espetáculo pode ser visto de um lugar diferente a cada dia da viagem. Uma procissão de turistas e de moradores (estes para comemorar acontecimentos especiais) sobem diariamente as colinas Signal Hill, um dos pontos mais disputados para agradecer o fim de mais um dia. Lindo, mas muito frio. Venta demais e eu não estava preparada para tanto. O jeito foi me abrigar com a capa de chuva que estava na mochila. Mesmo assim, congelei!!!!! Acima estou na orla do bairro Green Point, onde fica um farol muito bonito.
Pôr-do-sol da janela do hotel.
Aqui está a versão luxo/poder/riqueza de Cape Town. Canais de navegação dentro do Waterfront Victoria & Alfred onde estão os apartamentos mais caros da cidade. Eles dividem espaço também com hotéis luxuosíssimos. Alguns apartamentos podem ser alugados por temporada. Os turistas podem passear pelos canais a bordo de um barquinho turístico. Tem duração de 30 minutos e está incluído no bilhete do ônibus turístico que roda a cidade, um jeito bem fácil de circular por Cape Town. O guia turístico disse que Ronaldo Fenômeno teve um apartamento desses. Não duvido. Se pudesse, eu também teria um.
Waterfront Victoria & Alfred
Waterfront Victoria & Alfred
Um amostra da culinária em Cape Town, onde os frutos do mar reinam. Aqui o prato mais famoso do
Baia Seafood Restaurant. Lagostins, camarões e lulas (a mais macia que já comi). Dos deuses!
TREKKING ATÉ O TOPO DA TABLE MOUNTAIN
Existem duas formas de chegar ao topo do ponto mais alto de Cape Town. A primeira é pegar um bondinho aos pés da Table Mountain e, em questão de minutos, alcançar a montanha e desfrutar da vista incrível que o principal cartão postal da cidade oferece aos turistas. A outra é subir a pé. Eu experimentei as duas formas. Subi caminhando e desci no bondinho.
Para começar, tenho que dizer que o trekking não é para iniciantes. Apesar da trilha ser sinalizada, reduzindo muito o risco de se perder, o caminho é ingrime e acidentado. Exige preparo físico e tênis e roupa apropriados. Em situação normal, a subida leva de duas a três horas.
O ponto de partida é na estação do bondinho (http://www.tablemountain.net/). Ali os funcionários explicam onde começa a trilha. Para subir a pé, não é preciso pagar para entrar no Parque Nacional Table Mountain. Um cuidado que se precisa tomar é com a previsão do tempo, que muda muito rápido em Cape Town. Você não vai querer pegar uma chuva no meio da subida ou fazer todo esse esforço para chegar lá em cima e não conseguir ter uma vista da cidade porque estava nublado. A dica é aproveitar o primeiro dia de sol e tempo aberto da sua viagem e subir a gigante. Não deixe para os últimos dias, porque pode ficar sem fazer o passeio. No site do bondinho, ele informam em tempo real se o serviço de subida por cabo está operando. É um bom indicativo para fazer a trilha.
Para começar, tenho que dizer que o trekking não é para iniciantes. Apesar da trilha ser sinalizada, reduzindo muito o risco de se perder, o caminho é ingrime e acidentado. Exige preparo físico e tênis e roupa apropriados. Em situação normal, a subida leva de duas a três horas.
O ponto de partida é na estação do bondinho (http://www.tablemountain.net/). Ali os funcionários explicam onde começa a trilha. Para subir a pé, não é preciso pagar para entrar no Parque Nacional Table Mountain. Um cuidado que se precisa tomar é com a previsão do tempo, que muda muito rápido em Cape Town. Você não vai querer pegar uma chuva no meio da subida ou fazer todo esse esforço para chegar lá em cima e não conseguir ter uma vista da cidade porque estava nublado. A dica é aproveitar o primeiro dia de sol e tempo aberto da sua viagem e subir a gigante. Não deixe para os últimos dias, porque pode ficar sem fazer o passeio. No site do bondinho, ele informam em tempo real se o serviço de subida por cabo está operando. É um bom indicativo para fazer a trilha.
O visual durante a subida é maravilhoso e você tem muitas desculpas para fazer diversas paradas para recuperar o fôlego. Nessa foto dá para ver que o caminho é delimitado e seguro.
Quanto mais alto, mais pedras você vai tendo na trilha, que vira praticamente uma escada natural. Haja fôlego. Mas a recompensa no topo é bem bacana. Há um parque com diversas trilhas que levam a vários mirantes. Também tem um restaurante para refeições ou lanches rápidos. Tudo bem organizado. Não se esqueça de levar um casaco porque lá em cima venta demais.
Uma das vistas de Cape Town do alto da Table Mountain |
ILHA DOS LEÕES MARINHOS
A partir de Cape Town há alguns passeios no estilo bate-volta. Você pode visitar uma ilha onde vivem milhares de leões marinhos, o Cabo da Boa Esperança, uma praia que virou a casa de uma colônia de pinguins, a famosa prisão de Robben Island e vinícolas. Todos eles valem muito a pena.
Com exceção da viagem ao Cabo da Boa Esperança, que pode ser feito junto com a Boulders Beach (a praia dos pinguins), os demais precisam de um dia inteiro.
Eu aluguei um carro e me virei muito bem por lá. Só lembrando que na África do Sul, de colonização inglesa, os motoristas ficam à direita. É um pouco assustador no começo para nós brasileiros, mas a adaptação é rápida. As estradas são boas e bem sinalizadas. Com a ajuda de um GPS tudo fica ainda mais fácil.
Hout Bay |
Para visitar a ilha dos leões marinhos e focas, tivemos que chegar a uma cidade chamada Hout Bay, a cerca de 30 minutos de Cape Town. Do porto, saem os barcos para o passeio para ver os animais. É impressionante a quantidade de leões e focas, uns por cima dos outros, estirados nas pedras no meio do mar. O barulho que eles fazem também é muito engraçado. O passeio dura mais ou menos uma hora.
DOBRANDO O CABO DA BOA ESPERANÇA
Essa já é uma viagem mais longa, que leva entre duas e três horas a partir de Cape Town para chegar ao parque do Cape of the Good Hope (ou Cabo da Boa Esperança). É um dia inteiro de passeio com algumas paradas. A primeira delas é no Cape Point. Traduzindo: é a pontinha do continente africano antes da imensidão do Atlântico. Foi um dos lugares mais lindos que vi na viagem.
Um poste sinaliza a distância, a partir dali, para algumas capitais. Tchanannnn... Rio de Janeiro 6055 km. Dá pra encarar?
Mais alguns quilômetros adiante fica o histórico Cabo da Boa Esperança. O local entrou para a História em 1488, quando o navegador português Bartolomeu Dias cruzou pela primeira vez essa porção do continente, chegando ao oceano índico, a caminho das Índias. Nada mais é do que uma praia com muitas pedras.
PRAIA DOS PINGUINS
No caminho de volta para Cape Town fica Boulders Beach, a praia dos pinguins. Passarelas foram construídas e permitem aos visitantes ver bem de perto os "capa-pretas". Uma colônia inteira vive ali.
Aqui você encontra informações sobre o Cape Point, Cabo da Boa Esperança e a praia dos pinguins.
Boulders Beach |
ROTA DO VINHO
Sim, a África do Sul já conquistou lugar de destaque na produção mundial de vinho. Nem precisa se distanciar muito de Cape Town para entrar num clima de interior, fazenda e muita plantação de uva. A oferta de vinícolas é enorme. Escolha a região que pretende visitar, confirme o horário de funcionamento e se é preciso fazer reserva. A maioria oferece degustação. Eu fiz uma bate-volta na Groot Constantia, uma das vinícolas mais antigas de lá. Mas há opções de hotéis e fazendas com hospedagem também para os amantes de vinho. Informações sobre as rotas de vinho na África do Sul aqui.
Leia também...
Comentários
Postar um comentário