Zimbábue tem cataratas e safari na água
Prepare-se para temperaturas acima dos 40º C na primavera. Nem mesmo os elefantes, com toda aquela pele grossa, se descuidam com o sol forte do Zimbábue e da vizinha Botsuana. O turismo nos dois países é exclusivamente selvagem. É 100% do dia em contato com a natureza.
A principal atração da cidade é a Victoria Falls, maior queda d'água do mundo, à frente das cataratas do Niágara, no Canadá, e do Iguaçu, no Brasil/Argentina. Ela fica dentro de um parque e a estrutura permite que se chegue muito perto das quedas. O período de maior abundância de água é entre abril e maio. Eu visitei a Victória, que ganhou esse nome por causa da rainha Victória, da Inglaterra, em novembro quando ela estava praticamente seca.
Ainda havia muita água, claro, mas não experimentei a sensação do banho que a catarata costuma dar nos turistas quando está em sua capacidade plena.
De qualquer modo, o cenário ficou até interessante com menos água porque pude ver o que tem por trás da cortina de água.
Agora, a parte ainda com água...
Victoria Falls se resume a uma rua principal, meio asfaltada meio terra, onde estão agências de turismo, alguns caixas eletrônicos, cafés e lojas de souvenirs. Há um mercado de artesanato também bem legal, com coisas verdadeiramente feitas a mão, rústicas, enfim, a cara da cidade. Comprei lá meus Big Five entalhados em madeira. Um xodó!
Mas o melhor do Zimbábue ainda estava por vir. Minha estadia foi de três dias inteiros. Achei suficiente. Há dois passeios que me marcaram muito e recomendo a qualquer um que for para aquelas bandas.
ENCONTRO COM LEÕES
Não é brincadeira. Uma ONG que se propõe a evitar a extinção dos leões na África (Lion Encounter) recebe turistas para uma caminhada ao lado de leões. Quer dizer, filhotes de leões. Assim que o bicho completa 2, 3 anos ele é introduzido na natureza e deixa de "trabalhar" para o turismo. A experiência é cheia de regras em nome da segurança do visitante e do animal. Mas, para resumir, a gente chega a tocar neles. São entre 5 e 10 leões.
Olha o calibre da pata do bichano. Teve até um legítimo mata leão no tour.
Esse aqui embaixo era o mais velho do grupo, já mais arredio. A juba estava crescendo, sinal de que entrou na puberdade (risos).
ELEFANTE SAFARI
Esse tour é um passeio sobre elefantes. Pode ser reservado no próprio hotel porque há muito oferta. Eu sei que esse tipo de turismo é polêmico porque a gente nunca sabe como são tratados os animais. Mas, dessa vez, eu confesso que não resisti.
Depois de andar, eles deixam você interagir um pouco com o seu elefante. Eles estão ansiosos pelos biscoitinhos que o instrutor tem numa sacola. Vontade de levar pra casa!
BATE-VOLTA A BOTSUANA
A cerca de uma hora e meia de Victoria Falls chega-se na fronteira com Botsuana, onde fica um outro importante parque da África, o Chobe Park. O diferencial do Chobe é que podemos fazer safari dentro de um barco. Em Victoria Falls oferecem excursão de um dia para lá e eu embarquei em uma delas.
Pela água, a gente tem uma outra perspectiva do safari. Consegue flagrar manadas de elefantes se refrescando ou tomando um banho de lama, protetor solar natural para eles. Rinocerontes só com as orelhas para fora da água. São cenas curiosas da rotina desses animais que a gente não está acostumado a ver. Há crocodilos. Mas o forte do Chobe são os elefantes. O parque tem uma das maiores populações do mundo de elefantes.
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